terça-feira, 6 de janeiro de 2009

DIÁRIO DE FILOSOFIA


TEMA:O CONHECIMENTO

O conhecimento é muito relativo. Ele depende da perspectiva de cada um e nunca é completamente exacto. Por meras palavras poderíamos dizer que conhecer algo é visionar e captar todos os seus pormenores. Mas aqui é que se coloca a questão. Será que é possível conhecer algo a 100%? Conhecer a sua origem exacta, a sua natureza, a sua vida pormenorizada desde a sua existência?

Se a resposta fosse “sim”, então teríamos de ser nós próprios a criar algo, e aí saberíamos os materiais precisos para a sua concepção. E será isto possível? Conseguiremos saber exactamente a origem desses materiais?

Se quiséssemos fazer um sumo de laranja plantaríamos uma laranjeira com uma semente e a regaríamos com água para a sua subsistência. Mas será que saberíamos a origem da semente que a originou? E da água que a alimentou, tendo em conta os factores atmosféricos tal como a água da chuva que é praticamente impossível de saber a sua origem? Penso que a citação “só sei que nada sei” seria aplicada na perfeição. Talvez a resposta à pergunta inicial seja “não”.
Mas não nos podemos cingir apenas a este exemplo, pois tanto a água da chuva como a semente dependem de ciclos instáveis que não dependem da mão do Homem. E mesmo se dependesse nunca estaria completamente certo dizer que conheceria algo exactamente pois este é falível.
Como disse inicialmente, o conhecimento é muito abrangente e não é concreto pois depende do conceito do que é o “conhecimento” para cada pessoa. Mas, em contrapartida existem certas capacidades humanas que podem ser consideradas capazes de conhecimentos. Por exemplo, a língua materna que cada pessoa adquire durante o seu processo de crescimento. É claro que aí não se poderia afirmar que a pessoa em questão sabe toda a gramática e vocabulário dessa língua, mas poder-se-ia dizer que ela sabe comunicar, não sendo necessário saber a origem da fala para ter essa capacidade.

Encontramos assim um dilema, entre o conhecimento de um objecto e o conhecimento que é adquirido naturalmente como a fala. Desta forma, nunca se poderá concluir com precisão o conceito de conhecimento.

IN: Diário de Filosofia: Patrícia 11ºAno

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