terça-feira, 12 de maio de 2009

Diário de Filosofia

Não consigo definir tempo, pois ele para mim passa tão depressa que nem o consigo saborear. Ainda ontem éramos todos crianças pequenas e indefesas e hoje quase nos pudemos considerar homens e mulheres fortes para nós e fracos para os outros.
Mas será que eles tiveram tempo para se avaliarem uns aos outros bem? A resposta que considero mais óbvia é não, pois ninguém possui uma noção real de tempo, ou se a possui não pode concluir que a mesma seja verdadeira.
Passando à frente, ontem foi ontem e hoje é hoje, será que dá para acreditar no tempo em que desperdiçamos com futilidades como o pensar no tempo em que pensamos?!
Na minha opinião sim, perdemos uma vida inteira, a perder tempo a fazer algo que não gostamos, as quais designo futilidades, mas como todos sabemos que a vida não é como nós queremos nem o que nós desejamos mas é o que temos de realizar independentemente se gostamos ou não, é outra vez uma perda de tempo pensar em tudo isto, visto que a nossa vida um dia irá acabar.
E como um dia tudo vai acabar aí sim perdemos todo o nosso tempo, sem possibilidade alguma de o voltar a usar, seja para o que for.
Inês Lopes 11º

Diário de Filosofia


A confiança é algo que se adquire ao longo de algum tempo de convivência. Sem esta, é muito complicado estabelecer uma relação de amor ou amizade. Mas porque será que a confiança é assim tão imprescindível nas relações interpessoais?
Para mim, a confiança faz com que nos libertemos perante as pessoas, falemos sem receio e façamos confidências que fortificam as ligações interpessoais. Logo, sem confiança jamais conseguimos demonstrar o nosso verdadeiro ser ou criar laços mais fortes com as pessoas que nos rodeiam.
Quando confessamos algo a alguém estamos a dar-lhe um voto de confiança. No entanto, quando este é violado, muito dificilmente daremos outros votos a essa pessoa, fazendo com que a relação se destrua gradualmente.
A confiança pode ser alcançada com diferentes velocidades, consoante as pessoas pois para muitas é difícil confiar, devido a uma série de motivos…
Assim, a falta de confiança leva a que muitas relações sejam destroçadas, pois sem esta não há nada senão meros olhares e troca de palavras banais.
Com isto, posso concluir que a confiança é a base para a existência de uma relação e que sem ela, teríamos apenas “conhecidos” a quem mostrávamos apenas o nosso “eu” superficial.

Vanessa Cunha 11ºano

quinta-feira, 23 de abril de 2009

EFEITO DE ESTUFA

Haverá acontecimento mais natural que o efeito de estufa? A resposta é não. Porém, alguma coisa está a fazer com que este acontecimento se torne em algo de anormal. A pergunta é: “O quê?”. Pois é, pergunta muito simples NÓS, o ser humano. O ser mais imundo a face do planeta Terra. Não só prejudicamos o planeta como em consequência disso nos prejudicamos a nós mesmos.
O efeito de estufa a que temos vindo a assistir nos últimos anos deve-se a um aumento das emissões de gases com efeito de estufa, o que faz com que as radiações solares entrem na atmosfera e ao voltarem para trás em forma de calor não conseguem sair da atmosfera, devido a gases como metano e dióxido de carbono. Graças a este processo que a temperatura média da superfície da Terra aumenta, daí vem o conceito aquecimento global.
O efeito de estufa tem como consequências a nível global, o degelo dos glaciares, incêndios, erosão e infertilidade dos solos, redução da amenização climática, destruição dos habitats são apenas algumas das consequências que o aquecimento global pode ter face ao Planeta Terra.
O Homem é quem tem vindo a destruir o meio ambiente. E é espantoso como ainda há pessoas capazes de incendiar florestas, fazer descargas industriais em zonas fluviais ou não fazerem algo tão simples como a reciclagem até o simples facto de fazer a reciclagem. Haverá algo mais fácil que fazer a separação dos lixos, podemos até considerar a ida ao ecoponto como um pouco de exercício físico é sem dúvida um bom sistema.
Ana Pessoa nº2, 2ºM

Aquecimento Global

Hoje em dia, a população, os governantes dos nossos países, só procuram lucros e aumentar a economia. Não pensam nos prejuízos que causam à natureza e à vida humana. O ser humano polui cada vez mais, o número de doenças graves agravou-se devido à poluição atmosférica. A desflorestação é constante…O pulmão do planeta, a floresta Amazónia já ardeu cerca de 30%!! Não poluem somente o ar, como se destroem muitos habitats de animais e alguns deles de espécies em via de extinção. As fábricas contribuem muito para a contaminação dos solos provocando as erosões dos solos. Também estas contribuem do mesmo modo para a contaminação. Bem Como os barcos Na ocorrência de derrames petrolíferos, poluindo os mares chamada a maré negra, matando variadas espécies de plantas e afectando de certo modo a nossa alimentação no caso de ingerimos um desses peixes…
Ora com tanta poluição, tanto descuido e tanto desinteresse para com a nossa riqueza” natureza”a atmosfera está cada vez mais quente!
O nosso planeta tem um próprio Efeito de Estufa, Efeito de Estufa Natural. Em que a terra recebe a radiação solar. Alguma desta radiação é absorvida e outra parte é irradiada para a atmosfera, assim sendo juntamente com os gases naturais existentes na atmosfera mantém o Equilíbrio Térmico. Este fenómeno é muito importante para a nossa sobrevivência mas, na inexistência dos gases naturais que servem como uma espécie de barreira para a Luz infravermelha, o calor espalha-se aquecendo o meio ambiente ou ficando na atmosfera.
Originando desta forma, os degelos; as inundações causando refugiados; a salinização dos solos ficando assim inférteis; doenças novas ou que surgem; violência nos furacões e nos tornados; entre outros..
P.S: A NOSSSA NATUREZA NÃO É INESGOTÁVEL, COMO NÓS PENSAMOS…CABE Á HUMANIDADE COMEÇAR A PENSAR NO DIA DE AMANHA! PRESERVANDO SEMPRE A NATUREZA 

Trabalho realizado por:
Ana Gama nº2 2ºH

quinta-feira, 19 de março de 2009

Diário de Filosofia

Reflexão Crítica – “O Outro”

A expressão “o outro” pode ser entendida como o problema do mundo exterior, porém a questão não é a sua justificação mas sim o seu valor. “O outro” ou os outros significam as pessoas que me rodeiam.
Muitas vezes quando penso em mim e nos problemas da minha vida, apetece-me fugir e esconder-me dos outros. Apesar disto, também penso no que seria de mim se não tivesse à minha volta tantas pessoas de quem gosto e até mesmo de que não gosto.
Todas as pessoas que alguma vez passaram pela minha vida tiveram um pedacinho de poder no acto de moldagem da minha personalidade, pois se eu não tivesse passado pelas experiências por que passei com as pessoas com que as passei, não seria a pessoa que sou hoje.
Muitas vezes as pessoas afirmam que se arrependem de certos actos ou experiências por que passaram, sem pensar no quanto isso as fez crescer e aprender com os erros de modo a serem melhores pessoas, tanto a nível pessoal como a nível interpessoal.
Acho que a sociedade de hoje em dia é demasiado egocêntrica e egoísta, sendo que não se preocupa o suficiente com os outros e a importância que eles têm para o dia-a-dia de cada pessoa, bem como da sua personalidade.

Angélica Azevedo
11º

quinta-feira, 5 de março de 2009

David Hume

David Hume, retratado por Allan Ramsay (1713-1784) em 1766. Edimburgo, Scottish National Portrait Gallery

Nascimento
8 de Maio de 1711Edimburgo, Escócia
Falecimento
25 de Agosto de 1776Edimburgo, Escócia
Magnum opus
Tratado da Natureza Humana
Escola/tradição
Iluminismo, empirismo
Principais interesses
Teoria do conhecimento, Epistemologia, Ética, Estética, Teologia, Política, História, Economia
Ideias notáveis
Cetpicismo radical, o problema da indução,utilitarismo moral,refutação do princípio de causalidade e do livre-arbítrio
Influências
Cícero, Virgílio, Horácio, John Milton, Berkeley, John Locke
Influenciados
Kant, James Madison, Adam Smith, Augusto Comte, Karl Popper, Bertrand Russel, Wittgenstein, Positivismo Lógico, Filosofia analítica
David Hume (
Edimburgo, 7 de Maio de 1711Edimburgo, 25 de Agosto de 1776) foi um filósofo e historiador escocês. Foi, juntamente com Adam Smith e Thomas Reid, entre outros, uma das figuras mais importantes do chamado iluminismo escocês. É visto por vezes como o terceiro e o mais radical dos chamados empiristas britânicos, depois de John Locke e George Berkeley. O destaque dado ao trio Hume, Locke, e Berkeley, apesar de tradicional, desvaloriza a influência de vários escritores francófonos tais como Pierre Bayle e Nicolas Malebranche e de outras figuras intelectuais de língua inglesa como Isaac Newton, Samuel Clarke, Francis Hutcheson, e Joseph Butler. A influente filosofia de Hume é famosa pelo seu profundo cepticismo, apesar de muitos especialistas preferirem destacar a sua componente naturalista. O estudo da sua obra tem oscilado entre aqueles que colocam ênfase no lado cepticista (tais como Reid, Greene, e os positivistas lógicos) e aqueles que enfatizam o lado naturalista (como Kemp Smith, Stroud, e Galen Strawson). Mas independente disso um dos maiores filósofos ingleses do século XX, Bertrand Russell ainda pode dizer de Hume que ele foi o maior filósofo britânico que já existiu, o que demonstra claramente a importância da obra do escritor escocês. Não se sabe, se David Hume possuía alguma crença, para alguns ele era ateu, e para outros agnóstico. Politicamente era um liberal do partido Whig, favorável à união entre a Escócia e a Inglaterra de 1707. Sua língua materna era o escocês (scots), falava inglês com um forte sotaque, contudo, escrevia exemplarmente nesta. Foi um dos ilustres membros da Select Society de Edimburgo. Seguindo atentamente os acontecimentos nas colónias americanas, tomou partido pela independência americana. Em 1775 ele disse a Benjamin Franklin: "eu sou um americano nos meus princípios".
] Biografia
Hume nasceu em
Edimburgo e frequentou a universidade local. Inicialmente, pensou em seguir a carreira jurídica mas, em suas palavras, chegou a uma "aversão intransponível a tudo, excepto ao caminho da filosofia e a aprendizagem em geral". Sua mãe, que enviuvara quando David era criança, ficou assustada com a decisão, mas Lord Kames, um familiar e protector de Hume, tranquilizou-a.
Dedicou-se aos estudos, como auto-didacta, em
França, onde completou a sua obra-prima, Tratado da Natureza Humana, com apenas 26 anos. Apesar de muitos académicos considerarem hoje o Tratado sua maior obra e um dos livros mais importantes da história da filosofia, o público inglês não se entusiasmou imediatamente. Hume tinha esperado um ataque à publicação e preparava uma defesa apaixonada. Para sua surpresa, a publicação do livro passou despercebida, e sobre esta falta de reacção do público, em 1739-40, escreveu: "saiu da editora morto à nascença".
Após ter concluído que o problema do Tratado era o estilo e não o conteúdo, ele encurtou o texto e deu-lhe um estilo mais ligeiro, renovou algum do material para consumo mais popular: esforço que deu existência ao Investigação Sobre o Entendimento Humano. Também não foi muito bem sucedido com o público, embora melhor do que ocorrera com o Tratado. Foi a leitura desta Investigação que teria feito
Immanuel Kant - então um desconhecido professor universitário em Königsberg, já de idade avançada e sem qualquer obra relevante - afirmar que o fez acordar do seu "sono dogmático".
Em
1744 foram recusadas a Hume as cadeiras nas Universidades de Edimburgo e Glasgow, provavelmente devido a acusações de ateísmo e à oposição de um dos seus principais críticos, Thomas Reid.
Após estes insucessos, Hume trabalhou como curador de um doente psiquiátrico e posteriormente como secretário de um General.
No entanto, para além dos seus trabalhos no âmbito da filosofia, Hume ascendeu à fama literária como ensaísta e historiador, com o seu célebre História da Inglaterra.
Hume viveu a última década da sua vida em
Edimburgo, no novo aldeamento de New Town.

Cronologia
Nasceu na Escócia dia 7 de maio de 1711.
Em
1714 David Hume perdeu seu pai.
Em
1722, com 11 anos, entrou na Universidade de Edimburgo.
Em
1726, por volta dos 15 anos, decidiu aprimorar, lendo livros clássicos, seus conhecimentos por conta própria.
Entre
1729 e 1734 sofreu um sério esgotamento nervoso
Em
1734, viajou para o interior da França para complementar sua educação.
Em
1737, Hume retornou a Escócia para juntar-se à mãe e ao irmão na antiga propriedade rural da família.
1739 - 1740 publicou em duas etapas o "Tratado da Natureza Humana".
Em
1741 - 1742 publicou em Edimburgo seus dois volumes do "Ensaios Morais, Políticos e Literários"
Em
1744, Hume tornou-se candidato à cátedra de Filosofia Moral na Universidade de Edimburgo, mas não conseguiu.
Em
1746, recebeu um convite do General James St. Clair para assessorá-lo como secretário em uma expedição contra o Canadá. Hume aceitou.
1748 - publicou "Investigação sobre o Entendimento Humano"
1748 -
1749 Hume vestiu o uniforme de oficial, assessorado o general em sua embaixada militar as cortes de Viena e Turim.
1749 - Hume retornou a Escócia e morou dois anos na casa de seu irmão(sua mãe havia falecido)
1751 - publicou "Investigação sobre os Princípios da Moral"
1752 -Hume foi feito conservador da biblioteca dos Advogados de Edimburgo
1754 - 1795 publicou em seis volumes "A história de Inglaterra"
1757 - publicou "História Natural da Religião"
1761 - Roma colocou todos os seus escritos no Index, a lista dos livros proibidos na Igreja Católica Romana
1763 - recebeu convite do conde de Hertford, como secretário da Embaixada. Hume tornou-se amigo do conde de Hertford e de seu irmão o General ConWay
1765 - atuou como encarregado de negócios da embaixada de Paris por quatro meses.
1766 - Hume ofereceu a Jean-Jacques Rousseau (filósofo francês) refúgio na Inglaterra
1766 - Rousseau, com suas alucinações, suspeitou de conspiração, e retornou a França, espalhando um relatório de má fé de Hume.
1767 - recebeu de Mr. Conway, irmão de Lord Hertfor, o convite para importante cargo público. Deixou novamente Edimburgo
1767 -
1768 - serviu em Londres como Subsecretário de Estado para a região Norte.
1769 - retornou a Escócia dizendo cansado da vida pública e também da Inglaterra. Se estabeleceu novamente em Edimburgo.
1776 - escreveu sua autobigrafia, data de 18 de abril de 1776, mas já se encontrava doente desde o ano anterior.
1776 - David Hume morreu em Edimburgo em
25 de agosto, com 65 anos, e foi enterrado em Waterloo Place.
1777 - foi lançada sua autobiografia, "Vida de David Hume escrita por ele mesmo", cujo título original é My Own Life (Minha Própria Vida).

O legado de Hume
O pensamento de Hume possui ainda relevância extraordinária na filosofia atual, com imensa influência. Eis algumas das suas principais contribuições para a filosofia:

O problema da causalidade
Quando um evento provoca um outro evento, a maioria das pessoas pensa que estamos conscientes de uma conexão entre os dois que faz com que o segundo siga o primeiro.
Hume questionou esta crença, notando que se é óbvio que nos apercebemos de dois eventos, não temos necessariamente de aperceber uma conexão entre os dois. E como havemos nós de nos aperceber desta misteriosa conexão senão através da nossa percepção ?
Hume negou que possamos fazer qualquer idéia de causalidade que não através do seguinte: Quando vemos que dois eventos sempre ocorrem conjuntamente, tendemos a criar uma expectativa de que quando o primeiro ocorre, o segundo seguirá.
Esta conjunção constante e a expectativa dela são tudo o que podemos saber da causalidade, e tudo o que a nossa ideia de causalidade pode inferir. Uma tal conceptualização rouba à causalidade a sua força e alguns Humeanos posteriores, como Bertrand Russell, desmentiram a noção de causalidade no geral como algo de parecido com a superstição.
Mas isto é uma violação do senso-comum. O problema da causalidade: O que justifica a nossa crença numa conexão causal? Que tipo de conexão podemos perceber? É um problema que não tem solução unânime. A perspectiva de Hume parece ser que nós temos uma crença na causalidade semelhante a um instinto, que se baseia no desenvolvimento dos hábitos na nossa mente. Uma crença que não pode ser eliminada mas que também não pode ser provada verdadeira por nenhum argumento, dedutivo ou indutivo, tal como na questão da nossa crença na realidade do mundo exterior.

O problema da indução
Todos nós cremos que o passado é um guia confiável para o futuro. Por exemplo: as leis da física descrevem como as órbitas celestes funcionam para a descrição do comportamento planetário até aos dias de hoje. Desse modo presumimos que vão funcionar para a descrição no futuro também. Mas como podemos justificar esta presunção, o princípio da indução?
Hume sugeriu duas justificações possíveis e rejeitou ambas. A primeira justificativa avançada por Hume é que por razões de necessidade lógica, o futuro tem de ser semelhante ao passado. Porém, Hume nota que podemos conceber um mundo errático e caótico onde o futuro não tem nada que ver com o passado ou então, mais submissamente, um mundo tal como o nosso até ao presente, até que certo ponto as coisas mudam completamente.
A segunda justificação, mais modestamente, apela apenas para a segurança passada da indução: sempre funcionou assim, por isso é provável que continue a funcionar. No entanto, como Hume lembrou, esta justificação apenas usa um raciocínio circular, justificando a indução por um apelo que requer a indução para ter efeito.
O problema da indução ainda permanece. A visão de Hume parece ser que nós (como outros animais) temos uma crença instintiva que o nosso futuro será semelhante ao passado, com base no desenvolvimento de hábitos do nosso sistema nervoso. Uma crença que não podemos eliminar mas que não podemos provar ser verdadeira por qualquer tipo de argumento, dedutivo ou indutivo, tal como é o caso com respeito à nossa crença na realidade do mundo exterior.
in:wikipedia

David Hume

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Racionalismo e Empirismo

Descartes e o génio maligno

Descartes 2

Cepticismo e Descartes

René Descartes


Cogito, ergo sum significa "penso, logo existo"; ou ainda Dubito, ergo cogito, ergo sum: "Eu duvido, logo penso, logo existo" é uma conclusão do filósofo e matemático francês Descartes alcança após duvidar de sua própria existência, mas a comprova ao ver que pode pensar e se está sujeito à tal condição, deve de alguma forma existir.
Descartes pretendia fundamentar o
conhecimento humano em bases sólidas e seguras (em comparação com as fundamentações do conhecimento medievais). Para tanto, questionou e colocou em dúvida todo o conhecimento aceito como correcto e verdadeiro (utilizando-se assim do cepticismo como método, sem, no entanto, assumir uma posição céptica). Ao pôr em dúvida todo o conhecimento que, então, julgava ter, concluiu que apenas poderia ter certeza que duvidava. Se duvidava, necessariamente então também pensava, e se pensava necessariamente existia (sinteticamente: se duvido, penso; se penso, logo existo). Por meio de um complexo raciocínio baseado em premissas e conclusões logicamente necessárias, Descartes então concluiu que podia ter certeza de que existia porque pensava.
A frase "Cogito, ergo sum" aparece na tradução latina do trabalho escrito por Descartes,
Discours de la Méthode (1637), escrito originariamente em francês e traduzido para latim anos mais tarde. O trecho original era "Puisque je doute, je pense; puisque je pense, j'existe" e, em outro momento, "je pense, donc je suis". Apesar de Descartes ter usado o vocábulo "logo" (donc), e portanto um raciocínio semelhante ao silogismo aristotélico, a ideia de Descartes era anunciar a verdade primeira "eu existo" de onde surge todo o desejo pelo conhecimento.
Obtido em "
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cogito_ergo_sum"

Diário de Filosofia


Envelhecimento

Diz-se que quando vamos para velhos, os anos passam mais rápido e que a vida nos passa ao lado. A nossa vida é um ciclo: somos bebés, passamos pela puberdade, depois já nos consideramos adultos e por fim, as rugas evidenciam a velhice.
Quando somos velhos, a perda de capacidades físicas leva-nos muitas vezes a agir como bebés: usamos fraldas, já não conseguimos mastigar, temos os sentidos pouco apurados e pouca percepção acerca do que dizemos.
A velhice é todo um conjunto de alterações do corpo e da mente. Ficamos mais fragilizados, dementes, com cabelos branco ou ausência deles, perdemos progressivamente os sentidos…Enfim, sintimo-nos como se já não servíssemos para nada a não ser ocupar uma cama e recordar os bons velhos tempos.

Mas não serão estas rugas sinal de sabedoria? Não serão estes cabelos brancos ou ausência deles, sinal de que se conseguiu ultrapassar obstáculos da vida?
A cada ano que passa vou dando mais importância à velhice.
Não por estar perto dela mas porque familiares meus estão ou irão passar brevemente por esta complicada fase da vida, em que parece que já não se encontra sentido em nada e que nada já importa.
Duma coisa estou convicta: a velhice, apesar de nos dar sabedorias, histórias para contar e recordações, também nos traz uma nova certeza: a certeza de que ela nos destrói e de que nos leva a um buraco sem saída onde todas as coisas, boas ou más, pelas quais passámos são enterradas.
Por isso, acho que a velhice não deve ser vivida como algo deprimente mas sim como um pedaço de algo muito bom que ainda temos por saborear.
Vanessa Cunha 11º

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Diário de Filosofia


Reflexão: Os sonhos

Os sonhos comandam a nossa vida, pois sem eles não acharíamos motivo de existência. Ao sonharmos assumimos que somos seres humanos e que temos desejos e crenças.
Toda a minha vida pode ser dominada em torno de um sonho e em prol deste posso traçar o meu destino, deixando de fazer coisas que o coíbam e fazendo outras que o accionem.
Contudo, há duas formas de sonhar: podemos sonhar acordados, quando estes sonhos advêm de desejos ou pretensões e podemos sonhar a dormir, entregando-nos a simples devaneios e fantasias. Aqueles que sonhamos acordados têm muitas vezes sentido e fundamento, embora possam ser irrealizáveis. No entanto, a sua realização poderá depender do nosso esforço e crença em torná-lo realidade. Por outro lado, aqueles que sonhamos aquando o sono, são quase sempre ideias/imagens mais ou menos confusas e disparatadas que se apresentam ao nosso espírito e que podem resultar de receios, acontecimentos antecedentes ou, para quem tem esse dom, de previsões.
Os sonhos não escolhem idade, pois tanto uma criança como um idoso podem sonhar. No entanto, estes podem variar conforme a nossa época, o nosso estatuto social, os nossos costumes, etc. Por exemplo, uma criança iraniana provavelmente sonhará em ter comida e roupa suficiente para se agasalhar, enquanto que uma criança francesa já irá ter um sonho muito mais elevado, no qual provavelmente desejará ter roupas das melhores marcas e toda a infinita colecção de brinquedos.
Assim, podemos concluir que o sonho de muitas pessoas é muitas das vezes, o pão-nosso de cada dia de outras. Logo, se há pessoas que conseguem realizar esses sonhos, todos nós também poderemos alcançá-los, embora tenhamos que lutar. A chave da sua concretização é não desistir e NUNCA deixar de sonhar, pois só assim poderemos achar o motivo do nosso viver e a vida perfeita que todos nós ansiamos, que embora tenha ideais diferentes e metas mais ou menos longínquas, precisa sempre de sonhos que incitem a sua realização.
Portanto, o mundo à nossa volta pode mudar mas os nossos sonhos nunca devem ser alterados, pois são estes que nos impulsionam a lutar e a ter força para superar todos os obstáculos com que nos deparamos diariamente.
Vanessa Cunha 11º ano

Diário de Filosofia


O conhecimento

O conhecimento é algo que todos anseiam chegar, mas na verdade é impossível. O ser humano passa a vida a tentar conhecer o máximo que consegue, como por exemplo, conhecer o/a companheiro/a, conhecer todos os livros de um certo autor, conhecer o sentido da vida, etc, mas por mais que queira e por mais que tente não vai conseguir chegar à verdade desse assunto. Conhecer algo é, portanto, descobrir toda a verdade desse mesmo assunto. Assim como não é possível atingir a verdade, também não é possível atingir o conhecimento. Para cada tema existe uma verdade universal e ao discutirmos vários temas podemos tentar alcançar essa verdade mas nunca iremos descobri-la, uma vez que irá haver sempre pessoas com opiniões e teses diferentes. O conhecimento científico é o mais trabalhado hoje em dia uma vez que a verdade a que se tenta chegar é sempre provada com estudos e observações, o que não implica que o conhecimento seja alcançável. Os conhecimentos científicos são a base da existência de muitos seres humanos pois sentem que podem ter algum controlo na vida, mas se alguma vez esse controlo e esse conhecimento que as pessoas pensam que possuem, desaparecer por qualquer motivo, as pessoas vão sentir-se desamparadas. O conhecimento não científico que abrange conceitos abertos são o que as pessoas menos conhecem e menos querem conhecer uma vez que não lhes dá respostas absolutas, mas na minha opinião é este tipo de conhecimento que pode ter alguma importância na nossa vida e é este conhecimento que nos pode ajudar nas nossas perguntas mais profundas, como por exemplo, “o destino existe?”. Como já referi, o conhecimento é uma coisa inalcançável e como tal penso que não tenha um conhecimento sobre nenhum assunto. Por outro lado, as pessoas que têm (ou pensam que têm) conhecimento sobre variadíssimos assuntos são as pessoas mais incultas e menos esclarecidas.
Sofia 11º ano

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Platão/Matrix

A Alegoria da Caverna - Platão

A Alegoria da Caverna - Platão

A Alegoria da Caverna - Platão

A Alegoria da Caverna - Platão

A Alegoria da Caverna - Platão

A Alegoria da Caverna - Platão

A Alegoria da Caverna - Platão

Diário de Filosofia

Reflexão: O conhecimento

O conhecimento é algo que adquirimos com experiência, com partilha de saberes, com actividades lúdicas, fazendo com que consigamos agir perante certas situações usando a razão.
Conhecemos algo quando sabemos tudo acerca disso, desde a sua parte mais exterior até à parte mais reservada e profunda. Conhecemos algo quando sabemos explicar a sua essência sem nos atrapalharmos e referimos informações que raramente uma pessoa sabe.
Eu acho que o conhecimento é possível mas não na sua totalidade. Por vezes, pensamos que conhecemos algo mas, no entanto, apenas conhecemos uma parte. Isto acontece a nível dos objectos, das pessoas, etc.
O conhecimento é algo muito vasto a que nem todos têm acesso.
A vida é uma porta aberta para o conhecimento, por isso, alguns conhecem mais de umas coisas do que outros, dependendo de muitos factores (o nível social, a história familiar, as possibilidades económicas…). Por exemplo, as pessoas ricas muito provavelmente têm mais fácil acesso à cultura, a costumes de outros países, à aprendizagem de uma língua estrangeira, etc. No entanto, os pobres têm acesso a um conhecimento que essas pessoas não têm. Conhecem o suor, o frio, o trabalho, entre outras coisas, melhor do que ninguém e sem precisarem de instrução.
Eu posso conhecer algo através da exploração, da experiência de vida, da convivência com outrora…
Através do conhecimento passamos a saber usar a razão, justificar crenças, adquirimos certas maneiras de pensar e agir…
Enfim, o conhecimento é uma porta aberta que nunca ninguém terá o domínio total pois a sua totalidade é inacessível. Um exemplo próximo disso é as pessoas. Pensamos que conhecemos muito bem uma pessoa mas uma pessoa nunca se deixa conhecer na sua totalidade. Tem segredos, vivências, opiniões, etc, que guarda sempre em si e a que ninguém tem acesso a não ser ela mesma.
Eu considero que conheço quase tudo mas ao mesmo tempo quase nada. Conheço quase tudo na sua parte mais superficial e aparente mas quase nada na sua essência e profundidade, pois tudo é tão vasto, tão subjectivo, tão falso, que o nosso conhecimento é muitas vezes atraiçoado e dado como um mísero saber rudimentar e básico.
Gostava de conhecer tudo…tudo para além da aparência, tudo na sua profundidade mas, infelizmente ou felizmente esse acesso é-me negado, a mim e a todos vós…
Realizado por: Vanessa 11º

A missão de Sócrates

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Diário de Filosofia

O conhecimento

Na minha opinião ninguém sabe o que é conhecer algo ou alguém verdadeiramente. Podemos pensar que conhecemos mas há sempre algo que falha e que nos faz ter incerteza porque o ser humano é falível. Para conhecer é preciso algum empenho, dedicação e até mesmo perícia. Depende também do tipo de conhecimento, podendo este estar elacionado com pessoas, objectos, temas, memórias, um lugar que visitamos ou a região em que nascemos, etc.
No caso das pessoas, por exemplo, dizemos que conhecemos um pessoa porque convivemos com ela, partilhamos experiência de vida, conhecemos o seu carácter, a sua personalidade e os seus gostos. Quando pensamos que conhecemos uma coisa ou uma pessoa estamos enganados porque na minha opinião ninguém tem o conhecimento total e absoluto de nada.
Isso também acontece connosco, às vezes até me surpreendo a mim mesma e tenho a perfeita noção de que não me conheço, até porque as pessoas mudam com o passar dos anos e os seus conhecimentos também.
Para conhecermos alguma coisa temos de saber em primeiro lugar o que significa mesmo a palavra conhecer.
O mundo inteiro ainda está por conhecer e muitas descobertas ainda estão à espera de ser realmente conhecidas e enquanto não conhecermos o que nos rodeia, o nosso mundo vai ser sempre cheio de incertezas e nunca nos poderemos conhecer.
in: diário de filosofia: Susana 11º

DIÁRIO DE FILOSOFIA

Reflexão sobre o Conhecimento
A meu ver, hoje em dia utiliza-se a expressão “eu conheço…” muitas vezes em vão, pois, conhecer algo e tomar conhecimento acerca de algo são noções diferentes.
Conhecer uma pessoa é algo que se pode atingir através da partilha de emoções e situações, mas na verdade, apenas estamos a tomar conhecimento das características que formulam a personalidade de uma pessoa. Será que conhecer algo é o mesmo que tomar conhecimento acerca de algo? Na minha opinião, são noções diferentes, pois, para se conhecer algo é necessário investir tempo e atenção, de modo a que nos tornemos familiares com esse objecto ou pessoa, ao passo que, tomar conhecimento acerca de algo é um processo quase instantâneo que não requer tanta atenção.
Contudo, mesmo quando conhecemos algo, podemo-nos surpreender, pois não conhecemos tudo acerca desse objecto ou pessoa. A minha opinião é que é impossível conhecer-se algo na sua totalidade.
Pessoalmente, considero que conheço várias coisas, sendo uma delas a minha personalidade; o que não me impede de estar constantemente a descobrir características minhas que anteriormente desconhecia, visto que se com 16 anos me conhecesse na totalidade, não teria sentido continuar a viver.
O interesse desta vida está então, na constante descoberta de coisas novas e na certeza de que muitas surpresas nos esperam ao longo deste percurso.
Angélica A. 11º

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Diário de filsofia

Reflexão sobre:
- Conhecimento:

O mundo do conhecimento é impossível de alcançar só pelo simples facto de ser difícil de defini-lo por ser algo muito vasto e infinito.
Normalmente as pessoas utilizam expressões como “ontem conheci o amigo do meu irmão” mas será que está correcta esta afirmação? Será que conhecemos mesmo essa pessoa?
Para algumas pessoas se calhar basta ver e trocar algumas palavras para dizerem que se conhecem mas no fundo nunca se chega a conhecer totalmente uma pessoa porque nem nos conhecemos a nós próprios.

Para ter um conhecimento absoluto é preciso nos aproximarmos da realidade, saber a existência e a origem de tudo e isso é impossível pois poderemos questionar tudo até os factos científicos porque a ciência são descobertas realizadas pelo homem e o homem é falível.
Portanto o conhecimento que nós adquirimos é relativo, porque nunca sabemos a totalidade, como por exemplo eu posso saber cozinhar mas não sei todas as receitas, ou então conheço uma pessoa porque sei descrevê-la e tenho uma opinião formada acerca dela mas não quer dizer que a conheça totalmente.
Os filósofos têm como objectivo descobrir a essência de tudo e chegar perto da realidade, mas muitas vezes depararam-se com um dilema porque quantos mais querem saber mais têm de saber é como se tivéssemos a andar num labirinto sem nunca encontrar o fim.
Portanto o nosso conhecimento é insignificante comparado com a sua totalidade e daí a celebre citação: “Só sei que nada sei”.
Sofia C. 11º

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

DIÁRIO DE FILOSOFIA


TEMA:O CONHECIMENTO

O conhecimento é muito relativo. Ele depende da perspectiva de cada um e nunca é completamente exacto. Por meras palavras poderíamos dizer que conhecer algo é visionar e captar todos os seus pormenores. Mas aqui é que se coloca a questão. Será que é possível conhecer algo a 100%? Conhecer a sua origem exacta, a sua natureza, a sua vida pormenorizada desde a sua existência?

Se a resposta fosse “sim”, então teríamos de ser nós próprios a criar algo, e aí saberíamos os materiais precisos para a sua concepção. E será isto possível? Conseguiremos saber exactamente a origem desses materiais?

Se quiséssemos fazer um sumo de laranja plantaríamos uma laranjeira com uma semente e a regaríamos com água para a sua subsistência. Mas será que saberíamos a origem da semente que a originou? E da água que a alimentou, tendo em conta os factores atmosféricos tal como a água da chuva que é praticamente impossível de saber a sua origem? Penso que a citação “só sei que nada sei” seria aplicada na perfeição. Talvez a resposta à pergunta inicial seja “não”.
Mas não nos podemos cingir apenas a este exemplo, pois tanto a água da chuva como a semente dependem de ciclos instáveis que não dependem da mão do Homem. E mesmo se dependesse nunca estaria completamente certo dizer que conheceria algo exactamente pois este é falível.
Como disse inicialmente, o conhecimento é muito abrangente e não é concreto pois depende do conceito do que é o “conhecimento” para cada pessoa. Mas, em contrapartida existem certas capacidades humanas que podem ser consideradas capazes de conhecimentos. Por exemplo, a língua materna que cada pessoa adquire durante o seu processo de crescimento. É claro que aí não se poderia afirmar que a pessoa em questão sabe toda a gramática e vocabulário dessa língua, mas poder-se-ia dizer que ela sabe comunicar, não sendo necessário saber a origem da fala para ter essa capacidade.

Encontramos assim um dilema, entre o conhecimento de um objecto e o conhecimento que é adquirido naturalmente como a fala. Desta forma, nunca se poderá concluir com precisão o conceito de conhecimento.

IN: Diário de Filosofia: Patrícia 11ºAno

DIÁRIO DE FILOSOFIA

O Conhecimento
Tema sugerido

A meu ver existem diferentes tipos de conhecimento ou saber. Existe o saber de sabermos o que são as coisas e o saber de sabermos fazê-las.
Penso que conhecer algo é, no fundo, reconhecê-lo. Temos a capacidade de conhecer algo porque nos fica na memória. Quando nos perguntam pela primeira vez o que é um gato, sem nunca termos visto um ou falado sobre isso, não sabemos responder, não o conhecemos.
Para se conhecer algo é necessário ter algum tipo de contacto, directo ou indirecto, com essa coisa. Por exemplo, conhecemos a distribuição geográfica dos países ao longo do planeta porque a damos na escola, mas, na realidade, não conhecemos o planeta, nem a maior parte dos países, porque não tivemos contacto com eles.
Pessoalmente, acho que é possível conhecer algo, embora não na totalidade, quando se tem uma relação com tal coisa. Quando sabemos o que é, compreendemos para que serve, sabemos dar-lhe uso correctamente e no seu todo.
Considero que conheço um livro, por exemplo, quando já o li, quando compreendo o ponto de vista do autor, mesmo que o meu seja diferente, e quando já tenho uma opinião formada sobre o assunto.
Acho que é possível conhecermos algumas coisas, mesmo que não na sua totalidade, que sejam estáveis e que não mudem com o passar do tempo, e impossível conhecer outras, como as pessoas, que estão em constante mudança e podem ter comportamentos e reacções inesperadas.
in: Diário de Filosofia: Cristina Silvério, 11ºAno

Diário de Filosofia


PRETENDE-SE QUE O DIÁRIO DE FILOSOFIA SEJA UM INSTRUMENTO DE AUTO-CONHECIMENTO, QUE CONVIDE O ALUNO A DESENVOLVER AS SUAS COMPETÊNCIAS NA ÁREA DA REFLEXÃO, DA EXPRESSÃO ESCRITA E DA ATENÇÃO AO MUNDO QUE O RODEIA E ÀS SUAS TEMÁTICAS.

Este diário albergará reflexões que surjam por iniciativa pessoal do aluno bem como a partir de sugestões temáticas, feitas pelo professor.


TEMA: O Conhecimento
Reflexão escrita individual, a partir de sugestão e pistas dadas pelo professor.

Vivemos sem saber a nossa origem, o nosso fim, qual é o sentido da nossa vida. Muitas questões não têm resposta, como por exemplo a questão do livre-arbítrio, à qual mesmo que tentemos arranjar uma resposta, não temos conhecimento suficiente para saber se o que respondemos está correcto ou não.
O conhecimento existe quando temos sabedoria sobre algo, partindo do princípio que esse conhecimento é verdadeiro e útil.
O conhecimento não é absoluto, pois existe sempre alguma coisa que nos escapa, que não sabemos, por exemplo, uma matéria que é objecto de estudo na escola, ao ser avaliada por um teste escrito, mesmo que um aluno que realize a prova tire 20, não é possível determinar se tem um conhecimento absoluto sobre toda a matéria que está a ser objecto de estudo, pois é impossível que, tanto o teste como a matéria que está a ser objecto de estudo, retratem toda a sabedoria existente sobre esse tema.

A noção de conhecimento é relativa, podemos conhecer pouco, mas também podemos conhecer pouco, nunca deixando de ser conhecimento por ser pouco, mas nunca sendo absoluto por ser muito.
Todos os dias se aprende algo, mas mesmo que eu aprenda novas coisas acerca de alguma matéria, o conhecimento que eu possuía, não deixava de ser conhecimento por estar incompleto. O conhecimento constrói-se, cultiva-se, aumenta-se, aprofunda-se e completa-se.
A própria noção de conhecimento é pouco explicativa, pois não explica, nem define, o que é preciso para atingir o conhecimento.

As áreas em que o conhecimento actua são as mais variadas. As áreas abstractas tornam-se mais difíceis de perceber e de ter conhecimentos, enquanto as áreas concretas são mais particulares, tornam-se mais fáceis de perceber e de ter conhecimentos.
Algumas disciplinas, como a matemática, exigem um conhecimento, não absoluto, mas completo, outras disciplinas, como o português, mostram-nos o quão relativa é a noção de conhecimento.
Para conhecermos algo precisamos de ter algum conhecimento, ideias, memórias, sobre um determinado assunto, explorá-lo ao máximo, pesquisar as suas raízes, conhecer a sua origem, conhecer a sua função, saber como funciona.
Mesmo se criássemos um determinado objecto, seria impossível saber tudo acerca deste, pois todos os materiais que iríamos usar já estariam inventados, sendo assim, era suficiente não ter o conhecimento absoluto, acerca de um dos materiais necessário, para desconhecer algumas características da minha invenção.
Todos temos algum conhecimento, podendo este ser estudado na escola ou apenas adquirido como cultura geral.

O conhecimento que é abordado na escola é útil e necessário para a nossa formação profissional, é, normalmente, mais aprofundado que o restante conhecimento da nossa cultura geral, adquirido ao longo de toda a nossa vida.
Todos somos ignorantes em algum aspecto, todos desconhecemos alguma coisa, normalmente muitas coisas, só uma pessoa imortal poderia ter a oportunidade de ter o conhecimento absoluto, mas ainda assim, poderia não ter a capacidade de assimilar todo o conhecimento absoluto sobre uma única coisa, quanto mais, sobre todas as coisas que nos rodeiam, pois o ser humano é falível. Concluo que só um ser perfeito, só um Deus, tem o conhecimento absoluto.

In: Diário de Filosofia: Cátia, 11º Ano